
Transporte de cargas do Brasil para o Mercosul: tudo o que sua empresa precisa saber
O transporte de cargas entre o Brasil e os países do Mercosul é um impulsionador da economia sul-americana. Pelas rodovias, os caminhões conectam empresas e fortalecem o comércio exterior. Para as empresas que desejam expandir seus negócios além das fronteiras, é fundamental entender como funciona esse transporte.
Nesta publicação, você vai descobrir como funciona o transporte rodoviário do Brasil para o Mercosul, quais são os documentos exigidos, os benefícios de contratar uma transportadora com certificação de Operador Econômico Autorizado (AEO).
Como funciona o transporte rodoviário do Brasil para o Mercosul?
O transporte rodoviário de cargas do Brasil para o Mercosul conta com a facilitação da circulação de mercadorias entre os países membros do Mercosul por meio de regras padronizadas, que visam reduzir a burocracia e aumentar a eficiência logística.
Criado em 1991, pelo Tratado de Assunção, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) promove a integração econômica e comercial entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que são membros plenos. Além dos países associados, como Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador, com acordos comerciais que também impactam a logística regional.
Qual o modal de transporte mais usado no Mercosul?
O transporte rodoviário é o mais utilizado, movimentando 58% das cargas, de acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Os embarcadores que necessitam do transporte rodoviário do Brasil para o Mercosul optam por essa modalidade porque ela oferece o melhor custo benefício e a possibilidade de personalização de frota para atender as necessidades de cada carga.
Documentação e requisitos legais para Transporte Internacional
Uma operação de transporte internacional entre países do Mercosul exige conformidade com normas específicas, documentação rigorosa e o envolvimento de órgãos reguladores. Para cruzar as fronteiras são necessários documentos específicos. Confira a seguir:
Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e)
O CT-e é um documento que formaliza o frete. Ele é emitido pela transportadora através de um sistema autorizado e é obrigatório em qualquer operação.
Manifesto Internacional de Carga (MIC/DTA)
O Manifesto Internacional de Carga permite que cargas cruzem fronteiras do Mercosul sem precisar de novo despacho aduaneiro em cada país e é emitido pela transportadora.
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e)
A Nota Fiscal Eletrônica comprova a venda ou envio da mercadoria e é emitida pelo remetente.
Seguro obrigatório (Carta Verde)
A Carta Verde é exigida para circular no Mercosul. Ela cobre danos a terceiros em outro país e é emitida pela seguradora antes da viagem.
Líder de faturamento de comércio exterior da Ghelere orienta
Se você está se preparando para distribuir os seus produtos no Mercosul, além de se atentar aos documentos necessários, também é necessário se organizar e antecipar cadastros.
O líder de faturamento de comércio exterior da Ghelere, Fábio Martini, explica o que o embarcador também precisa:
“É necessário se cadastrar no Portal Único Siscomex e fazer o registro para exportador. Ter um despachante e cadastrar no Radar (Sistemas da Receita Federal).”
Transporte rodoviário do Brasil para o Mercosul: papel da ANTT e da SGTI
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) regula e fiscaliza o transporte internacional no Brasil. Já a Secretária do Grupo Técnico de Integração (SGTI) do Mercosul atua na harmonização de normas entre os países.
Por que isso importa para o embarcador?
- Contratar uma transportadora autorizada pela ANTT garante segurança e conformidade legal.
- As regras definidas pela SGTI impactam diretamente na operação e na documentação exigida.
- O embarcador não precisa manter contato direto com esses órgãos, mas deve seguir as normas que eles estabelecem e escolher parceiros que também sigam.
Certificações e exigências para transportadoras que fazem o transporte rodoviário do Brasil para o Mercosul
Empresas que atuam no transporte internacional devem estar registradas na ANTT, possuir habilitação para o transporte rodoviário internacional de cargas e cumprir exigências de segurança, rastreabilidade e regularidade fiscal.
Além disso, a Ghelere Transportes possui a certificação AEO. Para obter e manter o selo é necessário seguir dezenas de determinações da AEO, que atestam a confiabilidade dos processos e práticas de segurança adotadas pela transportadora e motoristas responsáveis em cada viagem.
Entre eles estão:
- Controle de acesso às instalações da empresa;
- Rastreabilidade dos veículos e cargas;
- Treinamentos constantes para motoristas e equipes operacionais;
- Procedimentos padronizados de segurança em rotas internacionais;
- Monitoramento contínuo contra riscos de contaminação da carga com ilícitos.
Essas práticas são essenciais para evitar contrabando e outras atividades ilegais, e por isso, exigem atenção redobrada das empresas que fazem o transporte rodoviário do Brasil para o Mercosul.
Vantagens de transportar com uma empresa com selo AEO

- Transportadoras com experiência internacional que possuem certificação AEO têm prioridade nas aduanas, minimizando atrasos e burocracias.
- Consequentemente há redução de custos associados à armazenagem
- Maior segurança na carga, pois seguem protocolos rígidos, com treinamentos para que motoristas verifiquem o caminhão e a carga a cada parada para evitar contaminações.
Desafios e cuidados no transporte de cargas Mercosul
Questões alfandegárias
A burocracia alfandegária pode causar atrasos e custos adicionais. Estar com a documentação correta e atualizada é essencial.
Barreiras operacionais
No transporte internacional de cargas entre o Brasil e o Mercosul, a atuação de empresas especializadas é fundamental para enfrentar as diferenças de infraestrutura, sinalização e legislação.
Essas transportadoras investem na capacitação técnica de suas equipes, garantindo um atendimento ágil, seguro e em conformidade com as normas vigentes.
Transporte de cargas Brasil-Mercosul como vantagem competitiva
Investir em operações logísticas no Mercosul pode gerar grandes vantagens para as empresas brasileiras. O primeiro passo é conhecer as documentações necessárias e escolher uma transportadora com experiência e certificação.
Uma operação bem estruturada com parcerias logísticas bem alinhadas permitem alcançar novos mercados, reduzir custos e ampliar o alcance dos produtos na América do Sul.